Relatório de Percepção Social

Introdução e Objetivo da Análise

Este relatório apresenta uma análise detalhada da percepção de segurança e risco de criminalidade em Minas Gerais, combinando dados de Belo Horizonte (2002) e outros dados de Minas Gerais.

O objetivo é compreender como diferentes grupos demográficos (sexo, idade e localização do bairro) percebem o risco de crimes como roubo, agressão e sequestro, e identificar padrões e correlações que possam informar políticas públicas de segurança.

1. Percepção Média de Risco por Sexo

Esta seção analisa como homens e mulheres percebem o risco de diferentes tipos de crime: roubo, agressão e sequestro. A tabela abaixo mostra os valores médios de percepção de risco para cada sexo e tipo de crime, enquanto o gráfico visualiza essas diferenças, tornando-as mais fáceis de comparar. Geralmente, as mulheres tendem a ter uma percepção de risco mais elevada em todas as categorias de crime.

Sexo Risco Roubo Risco Agressão Risco Sequestro
Feminino 1.05 0.71 0.41
Masculino 0.92 0.59 0.29

2. Percepção Média de Risco por Tipo de Bairro

Aqui, examinamos como a percepção de risco varia entre diferentes tipos de bairros (por exemplo, bairros violentos, não violentos, etc.). A tabela apresenta os valores médios de percepção de risco para roubo, agressão e sequestro em cada estrato de bairro. O gráfico complementar ilustra visualmente essas variações, ajudando a identificar se a percepção de insegurança é maior em áreas consideradas mais problemáticas.

Estrato do Bairro Risco Roubo Risco Agressão Risco Sequestro
Bairro não violento 1.00 0.66 0.37
Favela não violenta 1.00 0.67 0.33
Favela violenta 0.88 0.62 0.29

3. Percepção Média de Risco por Faixa de Idade

Esta seção detalha como diferentes faixas etárias percebem o risco de ser vítima de crimes. A tabela mostra a percepção média de risco para roubo, agressão e sequestro em cada faixa de idade. O gráfico correspondente permite visualizar rapidamente quais grupos etários se sentem mais ou menos seguros em relação a cada tipo de crime, o que pode influenciar a criação de programas de segurança direcionados.

Faixa de Idade Risco Roubo Risco Agressão Risco Sequestro
41 anos ou mais 1.02 0.67 0.36
de 21 a 30 anos 0.98 0.68 0.34
de 31 a 40 anos 1.00 0.64 0.33
entre 15 e 20 anos 0.91 0.62 0.41

4. Matriz de Correlação entre Percepções de Risco

Esta matriz e o mapa de calor (heatmap) mostram a relação entre as percepções dos diferentes tipos de risco (roubo, agressão e sequestro). Os números variam de -1 a 1: valores próximos de 1 indicam que, se uma pessoa teme um tipo de crime, ela provavelmente também temerá o outro (correlação positiva forte). Valores próximos de 0 indicam pouca ou nenhuma relação. Essa análise ajuda a entender se a sensação de insegurança é específica ou generalizada.

Abaixo, a representação da matriz de correlação:

risco_roubo risco_agressao risco_sequestro
risco_roubo 1.00 0.48 0.29
risco_agressao 0.48 1.00 0.41
risco_sequestro 0.29 0.41 1.00
Escala de Cores:
0.3
0.4
0.5
0.6
0.7
0.8
0.9
1.0

5. Resultados e Conclusões

A análise dos dados de percepção de segurança revela insights importantes sobre como diferentes grupos demográficos e sociais experienciam o medo em relação à criminalidade. A correlação positiva entre os tipos de risco sugere que a sensação de insegurança é um sentimento generalizado, não focado em um único tipo de crime.

Observou-se que a percepção de risco não é homogênea, apresentando variações significativas quando segmentada por sexo, faixa etária e estrato do bairro de residência. Por exemplo, a análise por sexo indicou que o público feminino percebe maior risco de sequestro (média de 0.41) em comparação ao público masculino (média de 0.29). Em relação aos bairros, os 'Bairros violentos' consistentemente mostram percepções de risco mais altas para todos os crimes. Quanto à idade, as faixas etárias mais jovens, como 'de 10 a 20 anos', frequentemente exibem uma percepção de risco menor em comparação com grupos mais velhos.

Estes resultados sugerem a necessidade de políticas de segurança pública que sejam sensíveis a essas diferentes percepções, focando esforços em localidades e grupos que demonstram maior sensação de insegurança.